Hoje mostrarei um pouco sobre esse livro que é um sucesso mundial, eu particularmente gosto muito, pois ele nos mostra uma mínima parte do horror vivido pelos judeus no holocausto e de como uma menina (que aliás é minha xará haha) de apenas 13 anos relata o drama vivido juntamente com a sua família, onde foram separados e obrigados a fazer trabalhos escravos.
" Todo mundo tem dentro de si um fragmento de boas notícias. A boa notícia é que você não sabe o quão extraordinário você pode ser ! O quanto você pode amar ! O quanto você pode executar ! E qual seu potencial ". Anne Frank
Quando completou 13 anos
Anne Frank ganhou de presente um livro que ela tinha mostrado a seu pai em uma
vitrine alguns dias antes. Embora originalmente fosse um livro de autógrafos,
com uma estampa xadrez em vermelho e verde e com um pequeno cadeado na parte da
frente, Anne decidiu que iria usá-lo como diário e começou a escrever nele
quase que imediatamente. Enquanto muitas de suas observações de início
descrevessem os aspectos mundanos de sua vida, ela também descreveu algumas das
mudanças que ocorreram nos Países Baixos desde a ocupação alemã. Em sua entrada
datada de 20 de junho de 1942, ela enumerou muitas das restrições que haviam
sido colocadas sobre a vida da população judaica neerlandesa e observou,
também, o pesar que sentia pela morte de sua avó no início deste mesmo ano.
Anne sonhava em ser
jornalista. Ela também adorava assistir filmes, mas os judeus neerlandeses
foram proibidos de ter acesso às salas de cinema a partir de 8 de janeiro de
1941.
Em julho de 1942, Margot
Frank recebeu uma carta do Jüdische
Zentralstelle für Auswanderung (Escritório
Central de Emigração Judaica). Era um aviso prévio, ordenando que ela fosse
para um dos campos de concentração.
Otto Frank então revelou à família seus planos prévios para que eles fossem se
esconder em uma espécie de anexo secreto atrás de sua empresa, onde alguns de seus empregados mais confiáveis
os ajudariam. A carta de Margot os forçou a se mudar algumas semanas mais cedo
do que ele tinha previsto.
Na
manhã do dia 9 de julho de 1942, uma segunda-feira, a família mudou-se para seu
esconderijo, um anexo secreto O Achterhuis (a palavra neerlandesa que denota a
parte traseira de uma casa, traduzido como "anexo secreto") era um
espaço de três andares, com entrada a partir de um patamar acima dos
escritórios da Opekta. Duas salas pequenas, com um banheiro contíguo ficavam no
primeiro nível, acima de um maior espaço aberto, com uma pequena sala ao lado.
A partir desta sala menor, uma escada levava ao sótão. A porta para oAchterhuis ("Anexo Secreto") foi,
posteriormente, coberta por uma estante de livros para garantir que ele permanecesse
oculto.
Logo Anne começou a escrever sobre esses fatos,
em seu
texto, Anne Frank examinou seus relacionamentos com os membros de sua família,
e as fortes diferenças de personalidades. Ela se considerava a filha mais
próxima emocionalmente de seu pai, que depois comentou: "Eu tinha um
melhor relacionamento com Anne do que com Margot, que era mais apegada à mãe. A
razão para isso pode ter sido o fato de Margot raramente mostrar seus
sentimentos e não precisar de tanto apoio porque não sofria as mudanças de
humor de Anne." As irmãs Frank começaram uma relação mais estreita do que
tinham antes de se esconderem, embora Anne às vezes expressasse ciúmes em
relação a Margot, particularmente quando os moradores do esconderijo criticavam
Anne por não ter a natureza gentil e plácida de Margot. Com o amadurecimento,
as irmãs foram capazes de confiar mais uma na outra. Em 12 de janeiro de 1944,
Anne escreveu, "Margot está muito
melhor... Ela não está tão hostil esses dias e está se tornando uma verdadeira
amiga. Ela não me vê mais como um bebê”.
Anne também escreveu
frequentemente sobre seu difícil relacionamento com a mãe e de sua ambivalência
em relação a ela. Em 7 de novembro de 1942, ela descreveu seu
"desprezo" por sua mãe e sua incapacidade de "enfrentá-la com o seu descuido, seu sarcasmo
e sua dureza de coração", antes de concluir: "Ela não é uma mãe para mim." Mais tarde, como ela
retrata no diário, Anne sentiu-se envergonhada da sua atitude severa,
escrevendo: "Anne, é você mesma falando de ódio? Ah, Anne, como
pôde?". Ela veio a entender que suas diferenças resultaram de
mal-entendidos que foram tanto culpa dela como da mãe, e viu que tinha escrito
coisas ruins de sua mãe desnecessariamente, que a mãe também sofria com a
situação. Com essa percepção, Anne começou a tratar a mãe com um grau de
tolerância e respeito.
Na
manhã de 4 de agosto de 1944 o anexo secreto foi invadido pela Polícia de
Segurança Alemã, em consequência da denúncia de um informante que jamais foi
identificado, por serem presos em um esconderijo, eles eram considerados
criminosos e foram enviadas para o Quartel de Punição para trabalhos braçais.
Em março de 1945, uma epidemia de tifo se espalhou pelo acampamento e matou
cerca de 17.000 prisioneiros, testemunhas disseram que Margot caiu de sua cama
em seu estado debilitado e foi morta pelo choque, e alguns dias depois, Anne
morreu também. Eles afirmam que isso ocorreu poucas semanas antes do campo ser
libertado por tropas britânicas em 15 de abril de 1945, embora as datas exatas
não tivessem sido registradas. Depois da libertação, o acampamento foi queimado
em um esforço para impedir a propagação da doença, Anne e Margot foram enterradas
em uma vala comum, o paradeiro exato é desconhecido.
O
diário de Anne Frank começou como uma expressão particular de seus pensamentos,
ela escreveu várias vezes que ela nunca iria permitir que ninguém o lesse, ela
descreveu sua vida com franqueza, sua família e companheiros, e sua situação,
enquanto começava a reconhecer a sua ambição de escrever ficção para publicação.
Como Anne faleceu antes do fim da guerra, os papéis foram entregues a Otto Frank,
pai de Anne, que decidiu publicá-los como um livro. Hoje o livro é um sucesso mundial e Anne é vista
como um símbolo do Holocausto.
“Adormeço com a ideia tola de querer ser diferente do que sou, ou de que não sou como queria ser. E de que faço tudo ao contrário."- Anne Frank